Lucy & Lúcifer e Outros Deboches

Tales Frey

Exposição

CAOS | casa d’artes e ofícios
29 de janeiro de 2022 a 20 de feveiro de 2022


Em Lucy & Lúcifer e Outros Deboches, vemos um pouco além do que Tales Frey tem frequentemente mostrado no circuito artístico. Para esta exposição, os seus cadernos (antes ocultos) estão revelados e os seus traços marcados sobre folhas que ficaram muito tempo acantoadas – omissas para qualquer lugar além do seu espaço de trabalho, – agora apresentam-se resgatadas e, desse modo, um fio condutor do seu percurso em arte torna-se ainda mais visível ao vermos algumas das suas criações em performances, vídeos, esculturas e objetos ao lado desses desenhos.

Muitas vezes, é através de desenhos que Tales Frey anota ideias para depois concretizá-las (ou não) por meio de variadas expressões artísticas, mas não é só assim que os seus traçados surgem, porque muitos despontam de seus desejos, de seus delírios, de suas próprias projeções e, claro, de profundas reflexões sobre o seu entorno. E até mesmo os seus croquis não estão limitados a uma mera função de projeto/esboço/esquema, porque tornam-se incontestavelmente autónomos para além do papel de ideias prévias para elaborações de performances, esculturas, objetos e outras vias de realizações.

Sobre o artista:

Tales Frey (Catanduva-São Paulo, 1982) é artista transdisciplinar, vive e trabalha entre o Brasil e Portugal. Realiza obras amparadas tanto pelas artes visuais como cênicas, situadas no cruzamento entre a performance, o vídeo, a fotografia, o objeto, o adorno/indumento e a instrução. O corpo e a performatividade são motes de especulação tanto nas suas criações práticas como nas suas pesquisas acadêmicas desde a graduação até o pós-doutoramento.

Tem apresentado seus trabalhos em diversos eventos e instituições nacionais e internacionais. Dentre eles: SESC no Brasil, Sattelite Art Show em Nova York, Musée des Abattoirs em Toulouse na França, MACRO – Museo d’Arte Contemporanea di Roma, Centro Municipal de Arte Helio Oiticica no Rio de Janeiro, BienalSur em Buenos Aires, Akureyri Art Museum na Islândia, TSB Bank Wallace Arts Centre em Auckland, Nova Zelândia, Galeria Labirynt na Polônia, Defibrillator Gallery em Chicago, Galleria Moitre em Turim, Kuala Lumpur 7th Triennial – Barricade na Malásia, The Biennial 6th Bangkok Experimental Film Festival na Tailândia, entre outros.
Alguns de seus trabalhos integram permanentemente acervos públicos e privados, dentre eles, o do Museu Serralves e o do Museu Bienal de Cerveira em Portugal; o do MUNTREF – Museos de la Universidad Nacional de Tres de Febrero em Buenos Aires, Argentina; o da Pinacoteca João Nasser, o do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói,) MAM RJ – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) no Brasil.

+info: http://ciaexcessos.com.br/tales-frey/

Sobre a curadora:

Hilda de Paulo (Inhumas-GO, Brasil, 1987,) por ser imigrante em Portugal, em consequência, não pertence a lugar algum, nem ao mundo dominante, nem completamente a suas próprias culturas de origem. É mulher travesty artista e curadora, princesinha do cerrado defensora do transfeminista decolonial e autora do projeto Arquivo Gis, membra fundadora da Cia. Excessos e da eRevista Performatus, e organizadora e diretora da Mostra Performatus. Atualmente é mestranda em Artes Plásticas com percurso em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em Portugal, onde desenvolve a dissertação Saberes Transfeministas: Espacializações Femininas e Construções de Si. Também, nessa mesma faculdade, fez uma especialização em Práticas Artísticas Contemporâneas e, na Faculdade de Letras dessa mesma universidade, licenciou-se em História da Arte. Tem integrado exposições coletivas nacionais e internacionais, e algumas de suas obras integram permanentemente o acervo de alguns museus, como o do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro-RJ, Brasil,) o do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Niterói-RJ, Brasil) e o da Fundação Memorial da América Latina (São Paulo-SP, Brasil). Participou das seguintes residências artísticas: Programa de Residências Despina (Rio de Janeiro-RJ, Brasil, 2019); Fjúk Arts Centre (Húsavík, Islândia, 2015-16😉 e Casa do Sol – Instituto Hilda Hilst (Campinas-SP, Brasil, 2014.)